SUBMUNDO

Zera o meu coração

E muda ele em ideia;

Planta no asfalto sob

A árvore do desígnio.

Não cria, com tua voz,

O sentido da perfídia;

Não rompe, com teu grito,

O azul desconhecido.

Vai, como um desastre,

Purificando o horizonte;

Cantarolando as ametistas,

No submundo ignorado.

João Barros
Enviado por João Barros em 19/01/2022
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