A escritora, professora depois de 54 anos,

Virou dona de casa.

Alimentos a prover, cozer, temperar.

Roupas para lavar, passar, arrumar.

Chão e quintal para varrer,

Flores a podar.

Tudo que mamãe fazia,

Agora eu tenho que está a fazer, com o sem poesia.

As meninas ajudam às suas maneiras,

O Manú só depois de ouvi meus gritos desesperados.

O Edú. Um homem maravilhoso.

Que mesmo depois de todos os dias trabalhados,

Ainda se dispõe a fazer as coisas.

Eu e minha escrita,

Somos parte agora dessa vida.

O poetificar e o trabalhar se fundem.

Daqui a  pouco o trabalho na escola.

E, agora?

Simples, é fazer e agradecer todos os dias,

A Deus pelo aprendizado que mamãe deixou,

Hoje componho mais este poema,

Com a máquina de lavar a bater,

O frango no forno a cozer,

E,  eu aqui sentada alguns minutos a escrever.

São Paulo, 18 de janeiro de 2022.

Ah! Sim contar nas horas vagas vendo de pronta entrega Jequiti, se alguém quiser é só dizer:

Quero  sim.

 

Poesia manuscrita em 18/1/2022, hoje transcrita para esse site.

 

 

 

 

 

Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 19/01/2022
Código do texto: T7432706
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.