Sálico
O som sálico do poema
resvala num blues eulálico
Na porta ácida que brota dos tremores
enjaula o que se revestiu nos fins
Do beijo, a dor vestia o amanhã
inclinou o desejo solvendo solidão
A mira do passo que rasteja
sobre jeans rasgados
engoliu o azul de suas miragens fúnebres
A seiva do querer envergando o que palpita
renasce do belo amarguras
Da síntese de um amor pálido
minhas palavras cessam
em labirintos ébrios
E nas voltas de um coração adormecido
realça esperanças sintéticas
bate sem calar
Vive nas agruras do seu fado...