Meus pobres e mortos versos

Quero morrer em meus versos,

Respirar as últimas palavras,

Que venham de dentro do peito.

 

Para que do vazio nada mais se fale,

Para que sem sentimento nada mais se verse,

Para que sem poesia, nada mais se sinta...

 

Dos sentimentos mais nobres, dos anseios mais profundos,

Dos calados suspiros, dos amores ocultos, sofridos, intensos, puros.

 

Quero renascer em outro mundo, respirar outra vida, beber outra história.

Embriagar-me do diverso para afogar-me de luz e ser apenas pó.

 

Porque de pó é o coração que não ama, a paixão que não deseja,

A oração que não pede e a promessa que não se cumpre.

 

Porque o nada é o início e o fim, de tudo.