a sebe

à noite

a glote inflamada se nega ao último verbo

a compressa abranda

o silêncio que se agiganta na laringe

tenho esperado as noites

com medo

da febre

da sebe

escura que envolve o nosso mundo

que sobe

o muro

espelhos quebrados

esquizofrenia

antinomia

na bacia

das almas

qual a palavra

serve

serva

quando escolhemos morrer