DESPERTAR
Hoje acordei
vestido de onírico
e despido de mundo.
Despertei sonâmbulo
e entre os malditos e os sem juizo.
Acordei nauseado pela realidade,
rasgando o céu e o chão,
buscando infinitos
no micro universo
do corpo afetado,
transpassado por sensações de febre,
pensamentos e tempestades de desrazões
no inferno do caos das vontades primordias
onde a duração é devir
e o eu se desfaz.