ALIMENTO ANCESTRAL

ALIMENTO ANCESTRAL

Alimentados por feitos,

Meios, épocas e lugares,

Chamam e nomeiam,

A pressa da direção,

Que habita na humanidade,

Pelo morrer,

Repousado no enterro.

O querer imagina a esperança,

Como uma sabedoria,

Apenas detalhada pela superstição.

A travessia extinta das chegadas,

Curva-se ao ato de mastigar,

Fatores que tratam de assegurar a velhice.

As idades da posse,

Mordem revelações.

A notoriedade consegue viver limpa,

Ante o tempo dos pormenores.

O único sentido sublime,

Das histórias contadas,

Leva a concluir,

Que a estabilidade do início,

Continua leve.

A compaixão alheia,

Primitiva, degradante e inútil,

Serve à recepção do amor comunitário.

Alguém talvez agradeça,

Pela imagem de fogo,

Que seca as vezes,

Dos fios do raciocínio.

Introdutório, o apego à salvação,

Em beijos mantidos pelo outro,

Circula pela noite,

Amanhecendo em migalhas.

A fome ferve,

Por heranças cíclicas.

Consistentes por dívidas ancestrais,

Os presentes dificultam o futuro.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 11/01/2022
Código do texto: T7426751
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