ALIMENTO ANCESTRAL
ALIMENTO ANCESTRAL
Alimentados por feitos,
Meios, épocas e lugares,
Chamam e nomeiam,
A pressa da direção,
Que habita na humanidade,
Pelo morrer,
Repousado no enterro.
O querer imagina a esperança,
Como uma sabedoria,
Apenas detalhada pela superstição.
A travessia extinta das chegadas,
Curva-se ao ato de mastigar,
Fatores que tratam de assegurar a velhice.
As idades da posse,
Mordem revelações.
A notoriedade consegue viver limpa,
Ante o tempo dos pormenores.
O único sentido sublime,
Das histórias contadas,
Leva a concluir,
Que a estabilidade do início,
Continua leve.
A compaixão alheia,
Primitiva, degradante e inútil,
Serve à recepção do amor comunitário.
Alguém talvez agradeça,
Pela imagem de fogo,
Que seca as vezes,
Dos fios do raciocínio.
Introdutório, o apego à salvação,
Em beijos mantidos pelo outro,
Circula pela noite,
Amanhecendo em migalhas.
A fome ferve,
Por heranças cíclicas.
Consistentes por dívidas ancestrais,
Os presentes dificultam o futuro.
Sofia Meireles.