Menina dengosa,
dos vestidos de babados,
dos laços de fitas,
das missas de domingo.
Menina travessa,
dos lápis de cores,
dos papéis coloridos
com desenhos floridos.
Menina levada,
das bonecas despidas,
dos livros sem imagens,
dos insetos que caçava,
e das bolinhas de gude
que brincava com o irmão.
Menina moleca,
das pernas de pau,
do voo no balanço,
do sorriso na sala de aulas,
das cabaninhas com os lençóis.
Menina arteira,
pisava na grama,
inventava coisas
que sonhava existir.
Cortava os cabelos
para ficar bonita,
com a enorme tesoura
de cortar tecidos.
A mãe quase morria de susto,
com menina tão talentosa.