De retorno ao mar
Não há fórmula...não há!
Há uma ausência a superar todos os dias...e segue...
Uma dor a acalentar
Uma bandeja cheia de lágrimas tristes
Um lugar estranho e sem solo para pisar
Um sorriso irônico no pensamento
Palavras grosseiras ecoam na lembrança
O silêncio não fala...ficam as dúvidas
O horizonte perde a cor...até o céu fica cinzento
Não acontece o encontro dos amigos
Nem dos amantes
Ambos desfalecem
E suas cores viram sombras
A rotina é uma casa vazia e sem paz
Há um mundo triste!
Haurindo a paciência de um sorriso.
É dorido arrastar os fardos.
É preciso romper as ondas.
Há um corpo, uma vida...
uma fé e uma esperança sucumbindo
A alma pede calma.
Corpo está sofrido.
Cheio de perspectivas sem nexo.
O tempo não volta...a paz perdida também não.
Precisa seguir!
O amor que não se encanta, desencanta.
Quando uma só parte quer...jamais seguirão em duas.
A vida é um místico.
Muitos são cegos...
Desconhecem a luz, que só quer ilumina-los.
Estilha deslustra o sujeito
Faz triste, mas... o encoraja
Aí me encaixo;
Sou como vento;
Vou calmamente e observo...
Não vejo nada para me agarrar
Então retorno, ao velho encontro com a própria alma.
O mundo é insano, falsificador, ante ético e cheio de maldades...as pessoas!
O meu amor tão puro , tão reto, tão ardente.
Precisa morrer sim!
Aguardar, reviver em outra vida...se possível
A hora pede por isto.
O dia segue e o tempo também.
O espírito quer pacificar o caminho.
Tirando das dores o lado bom,
E segue...de retorno ao mar.