De retorno ao mar

Não há fórmula...não há!

Há uma ausência a superar todos os dias...e segue...

Uma dor a acalentar

Uma bandeja cheia de lágrimas tristes

Um lugar estranho e sem solo para pisar

Um sorriso irônico no pensamento

Palavras grosseiras ecoam na lembrança

O silêncio não fala...ficam as dúvidas

O horizonte perde a cor...até o céu fica cinzento

Não acontece o encontro dos amigos

Nem dos amantes

Ambos desfalecem

E suas cores viram sombras

A rotina é uma casa vazia e sem paz

Há um mundo triste!

Haurindo a paciência de um sorriso.

É dorido arrastar os fardos.

É preciso romper as ondas.

Há um corpo, uma vida...

uma fé e uma esperança sucumbindo

A alma pede calma.

Corpo está sofrido.

Cheio de perspectivas sem nexo.

O tempo não volta...a paz perdida também não.

Precisa seguir!

O amor que não se encanta, desencanta.

Quando uma só parte quer...jamais seguirão em duas.

A vida é um místico.

Muitos são cegos...

Desconhecem a luz, que só quer ilumina-los.

Estilha deslustra o sujeito

Faz triste, mas... o encoraja

Aí me encaixo;

Sou como vento;

Vou calmamente e observo...

Não vejo nada para me agarrar

Então retorno, ao velho encontro com a própria alma.

O mundo é insano, falsificador, ante ético e cheio de maldades...as pessoas!

O meu amor tão puro , tão reto, tão ardente.

Precisa morrer sim!

Aguardar, reviver em outra vida...se possível

A hora pede por isto.

O dia segue e o tempo também.

O espírito quer pacificar o caminho.

Tirando das dores o lado bom,

E segue...de retorno ao mar.

Rosilda pinheiro
Enviado por Rosilda pinheiro em 08/01/2022
Reeditado em 04/03/2022
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