PODA

Eles podaram a árvore de frente.

De repente a minha cortina verde

agora parece mais um esqueleto,

quase invisível na guia do passeio;

através do marrom do seu arabesco,

eu vi a tarde de amarelos morrendo

nas formações de sepulturas alheias

e suspensas ao léu do ar dos ventos.

E o futuro faminto devorou o presente

e o passado já virou post ali nas redes.

Afinal, onde mora a raiz deste teorema

(o de questionar esta maldita existência

ou fugir naquela última nuvem magenta)?

Depois da lança das dezoito, a noite reina

sem mapas ou bússolas ou instrumentos,

num mundo que é grande, mas é pequeno.

O morro é um quadro totalmente diferente...

Vejo outros varais. E novos olivas adjacentes.