SOU POESIA
Sou o aço da espada
O corte da navalha
Em noite enluarada
Traço
A fagulha dos viventes
O farol dessa estrada
Sou a chama da fogueira
Sou delírio dos amantes
Sou companheira das flores
Aquela que declara amores
Sou água limpa da fonte
Sou tormenta e feitiço
Sou alegria de quem ama
Surpresa de quem recebe
Sou acelerador de corações
Sou caminho nas estrelas
Sou o grito no silêncio
Sou o silêncio no grito
Sou cura da aflição
Também sou o aflito
Sou a porta que se abre
Sou o minuto que não passa
Sou janela sou vidraça
Sou o que lês agora
Pois sou a poesia.