Ultrarromântico
Estou aqui, rasgando meu peito, sangrando,
Para que possas ver meu coração pulsar, bater,
E note o quando está descompassado,
Por que ele não tem um bem querer...
Em meio à tantas hemoglobinas e plaquetas,
Tento acalmá-lo, pois estás a chorar,
Assim, como as clássicas estatuetas,
Ele te admira, e por um instante, pensa em parar.
Agora, remendo-me;
Atento-me a cada ponto, a cada ligação;
E agora paro e penso: poderia ter sido menos ultrarromântico, não?
Ter sangrado, ter me aberto menos...parece ter sido tudo tão rápido, difícil...
Como pude me render, me entregar tao ligeiro
Quantas vezes prometi a mim mesmo me fechar, reservar!
E agora, com tantas idas e vindas, cá estou,
A versar... a chorar.
Enfim, o poeta é um fingidor, talvez sim, certeza que não …