AUSÊNCIAS

Inextricável subsumir às praxes sociais,

Delongas fúteis que subnutrem hábitos,

À priori para integrar a camada vã vulgar,

Fazer parte, em solidão, imiscuir, e isolar.

Minúsculas coisas burlescas angustiantes

Deselegantes vazias aclamadas, vulgares.

Por vezes irretorquivelmente dependentes

Parasitando o tempo a vida a morte o nada.

Tenho protocolado minha voz nos tatames,

E alguns gritos hirtos ecoam na vastidão além,

Cujo ouvinte é feliz surdo cego mudo e comum

Que sorri zombeteiro e ausente, assim convém.

Tudo a seu tempo, tudo ao pleno evolver natural.

Não há mal ou bem que sempre dure, se perpetue...

Poucos são pares nas desventuras deste mundo.

Muitos são titeres arrastados, empurrados, a deriva.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 05/01/2022
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