O caldo derramado...
Fomes antigas de antigas formigas formigam...
Ainda que já tenham sido saciadas.
Na terra, não se precisa só de água.
Depois de satisfeita,
A fome engorda e emagrece,
Vai e volta,
Num pulsar de exigências e dispensas...
Há quem chore de barriga cheia!
Entorna-se o caldo
Que serviria de socorro
Aos habitantes das planícies e aos dos morros...
Vivaldi ensaia suas músicas...
Beethoven ganha um jeito novo de ouvir!
Respaldam-me meus treinamentos com as cigarras...
Houve um propósito, sim,
Ainda que inconsciente,
Nos estudos de piano
Sem vocação para a música:
Desenvolver a musicalidade necessária
No trato com as palavras que viriam depois...
Lavas, larvas, lavras...
Vulcão, putrefação, garimpo...
Está limpo o prato de porcelana
Em que comi fidalgas iguarias,
E o copo de cristal
Com sobras do bem e do mal.
Os que vão para o outro lado
Podem ajudar os de cá?
Não há cerca, nem arame farpado
Que impeçam...
É que os de lá ficam mudos, mas ganham um jeito novo de falar,
E o de cá ficam surdos, incapazes de captar...
Tropeçam!...
Derrama-se o cado
Que seria tão amado!...