Meu desamor
E foi um amor sofrido,
Sem carícias, sem libido,
O meu peito feneceu.
Amor cheio de alarido,
Muito inerte e inibido,
Que nunca me mereceu.
Carregava na jornada,
Uma vida malfadada,
Sem destreza, sem malícia.
Sem afetos, sem amada,
Sem nenhum conto de fadas,
Sem carinhos, sem carícia.
Eu vivi meu desamor,
Obtive insana dor,
No meu pobre coração.
Sentimento contendor,
Sem furtivo esplendor,
Com imensa ingratidão.
E desfiz-me desta sina,
Só recebi patavina,
Sentimento inativo.
Sinto o frio da neblina,
Nada mais me ilumina,
Mas...eu continuo vivo.