Recomeço

Pesos, medidas, paradeiros

Pás, moinhos de vento, gigantes,

Amantes, desertos sem oásis

Uma coleção de quases,

E pulos de gatos arrepiados e arredios sobre os extensos muros

Sem limites, sem reboco e sem função.

No coração, um chorrilho

De tudo que principia no não e termina no martírio

De juntar os pedaços e recomeçar

De separar as sílabas na tonicidade do que é só pulsar

E tirar as horas empoeiradas da caixinha

Em que tudo é renovo, de novo

É grito sigiloso

E é capaz de mudar.