Filha amada
Corria abraçar-me a noitinha
Num sorriso de alvos dentes,
Olhar iluminado dos inocentes
Que amor e carinho continha.
Bastava abrir a porta e vinha
Ela cobrar-me momentos ausentes,
Com seus olhinhos sorridentes
Encostando a cabecinha na minha.
Hoje ao voltar pra casa, quando
Abro a porta, o faço hesitando
Da alegria de antes o oposto,
Sinto romper-me a carne a cortilha
Da ausência de minha amada filha
Que sorrisos colocava em meu rosto.