Lençóis
Ninguém a me observar
e por esse motivo caminho sem deixar vestígios.
Sem a sombra de meu algoz que vem junto ao nascer do sol
Me repouso ao final do dia em lençóis que a própria lua me deu.
E por um instante, sussurra em meus ouvidos
Que não preciso mais fugir para poder viver.
E as feridas ,que ainda ardem, gritam enfurecidas que isso não é verdade!
Levanto me no meio da noite
E volto a caminhar sem deixar vestígios
Eu, um mero homem nunca ousei te desafiar,
Já aceitei que somente em teus braços,
Oh Morte,
poderei descansar.
Então deixe me seguir sem vestígios
Deixe me lutar enquanto ainda posso
Deixe me deitar com as mais belas mentiras
E beber das mais doces ilusões
Até o dia que meu ultimo caminho
o teu cruzará.