Imatura
Lembro de como me sentia
De como meu olho brilhava
De como com ele sorria
De como eu suspirava
Pensando nele durante o dia
De quando em seu peito recostava
E em seus braços me envolvia
De tudo me desligava
E com as batidas do seu coração dormia
E de quando me tocava
E o corpo ardia
Quando me olhava
Algo em mim se acendia
Novamente me apaixonava
Meu coração errava as batidas
E logo pensava:
Bem que ele podia fazer morada na minha vida!
Hoje é 31 de dezembro e por anos imaginava
Ele comigo, enquanto o céu se iluminava
A gente comemorando
Enquanto os fogos estouravam
Mais um ano chegando
E nossos dedos se entrelaçavam
Eu, pedindo para Deus eternizar o momento lindo,
Beijava ele sorrindo
E meu sonho acabava
A realidade dos últimos 3 anos
É que não consegui fazer planos
Para minhas viradas
Ia para lugares para os quais fui convidada
Mas em algum momento daquelas noites
Meu sentimento por ele parecia açoites
Me trazia dor e vazio, eu chorava
Imatura, condenei por tempos minha felicidade
Sabendo que não existia reciprocidade
Naquele rapaz loiro que eu amava