Imatura

Lembro de como me sentia

De como meu olho brilhava

De como com ele sorria

De como eu suspirava

Pensando nele durante o dia

De quando em seu peito recostava

E em seus braços me envolvia

De tudo me desligava

E com as batidas do seu coração dormia

E de quando me tocava

E o corpo ardia

Quando me olhava

Algo em mim se acendia

Novamente me apaixonava

Meu coração errava as batidas

E logo pensava:

Bem que ele podia fazer morada na minha vida!

Hoje é 31 de dezembro e por anos imaginava

Ele comigo, enquanto o céu se iluminava

A gente comemorando

Enquanto os fogos estouravam

Mais um ano chegando

E nossos dedos se entrelaçavam

Eu, pedindo para Deus eternizar o momento lindo,

Beijava ele sorrindo

E meu sonho acabava

A realidade dos últimos 3 anos

É que não consegui fazer planos

Para minhas viradas

Ia para lugares para os quais fui convidada

Mas em algum momento daquelas noites

Meu sentimento por ele parecia açoites

Me trazia dor e vazio, eu chorava

Imatura, condenei por tempos minha felicidade

Sabendo que não existia reciprocidade

Naquele rapaz loiro que eu amava

Ddsa Carvalho
Enviado por Ddsa Carvalho em 02/01/2022
Reeditado em 05/01/2022
Código do texto: T7420550
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