Dentro do peito bate algo já morto!
Quando o coração se encontra aprisionado,
eis o falecer gradual de quem vive.
Vejo o sorrir no entanto o coração está velado,
o viver externo não supera o interior encarcerado.
O coração levado dia a dia às sombras,
mediante dores e humilhações cotidianas.
No olhar está a vida pujante,
mas no coração só se vê sombras penetrantes.
Quando o coração perde sua vitalidade,
o corpo se torna apenas um simulacro,
tudo é apenas como sobras de alguem que um dia foi,
mas que agora se debate no fundo de um buraco.
Esse buraco encarcera o coração do humano,
faz com que ele desista ou de tudo desacredite.
Dentro do peito bate agora um orgão ja morto,
ilusório o Homem que parece viver mas já não passa de um mero corpo.