Intenções

Não

Não tenho pretensão!

Crio meu próprio estilo,

meio amargo, meio sombrio.

Minha inspiração: a senhora melancolia!

Visita - me sempre, de noite de dia.

Eu não tenho nada.

E no nada me formei.

Meus versos não seguem padrões.

Nos meus impropérios me inspirei.

O tempo me entorpeceu de neologismos, achismos e outros tons.

Minha poesia é vaga

Meu olhar é triste e molhado

E de tanto chorar. Chorei meu universo.

Todo molhadinho, compilado em versos.

Sou um Drummond às avessas.

Não possuo talento, só minhas incertezas.

Ainda bem que meus versos são livres;

pois eu não sou!

Me amarrei neles e me tornei no que sou:

- um cancioneiro meio simbolista, meio Lispectoriano, meio cético, meio Bayroniano!

Não sei ao certo no que me tornei.

Não quero aplausos! Quero versos.

Quero caminhar em Copacabana,

Abraçar a estátua de bronze de Drummond,

Quero ir no morro Machadiano,

Quero ver o mundo, acalentar meus sonhos...

Escreveritus
Enviado por Escreveritus em 02/01/2022
Código do texto: T7420144
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