Intenções
Não
Não tenho pretensão!
Crio meu próprio estilo,
meio amargo, meio sombrio.
Minha inspiração: a senhora melancolia!
Visita - me sempre, de noite de dia.
Eu não tenho nada.
E no nada me formei.
Meus versos não seguem padrões.
Nos meus impropérios me inspirei.
O tempo me entorpeceu de neologismos, achismos e outros tons.
Minha poesia é vaga
Meu olhar é triste e molhado
E de tanto chorar. Chorei meu universo.
Todo molhadinho, compilado em versos.
Sou um Drummond às avessas.
Não possuo talento, só minhas incertezas.
Ainda bem que meus versos são livres;
pois eu não sou!
Me amarrei neles e me tornei no que sou:
- um cancioneiro meio simbolista, meio Lispectoriano, meio cético, meio Bayroniano!
Não sei ao certo no que me tornei.
Não quero aplausos! Quero versos.
Quero caminhar em Copacabana,
Abraçar a estátua de bronze de Drummond,
Quero ir no morro Machadiano,
Quero ver o mundo, acalentar meus sonhos...