Chuva II
Não entendeste quando sorri, não era cinismo, eu estava feliz.
Gosto dos pingos de chuva, dos relâmpagos e dos trovões.
Não acredito em tudo que se diz...
Mas acredito nas razões!
Sei que estavas lá quando chorei, mas não ouviste meu gemido.
Tenho medo, mas nunca saberás o porquê.
Cada clarão e cada som do trovão, me ajuda a procurar a razão.
Mesmo que eu continue sem reação, mesmo que não seja destemido.
Saberás um dia que a cada gota do tempo molhado...
Desse céu acinzentado, haviam gotas de lágrimas ou sangue.
Foram diluídas e desceram pelo ralo.
Era o chuveiro, era um aguaceiro, era triste.
Não era fácil, mas era bonito, era real.
Como o que escrevo e o que lês, neste dia, sei que existe!