Alguém
Eu sou aquela que deambula
Sou a que na vida perdeu o norte
Eu sou ainda a que espera a sorte
Que grita e sofre e gesticula.
Na rua passo ninguém me vê...
Chamam –me triste e não sou...
Choro na vida não sei porquê...
Talvez recordando o tempo que passou.
Sou aquela que muito quer
Sempre com a mesma doçura
Sou ainda a que se sente insegura
Nesta vida...de outro qualquer.
Vivo no meu castelo de sonho
Esperando sempre por alguém
O dia passa enfadonho
Espero, espero e... a horas vem!
As pedras gastei de caminhar
Dia e noite sempre a sonhar
Gastei-as esperando realizar
O que na vida é difícil encontrar
Triste claustro aonde moro
Nele rezo, rio e choro
É a alma de alguém
Que espera nada vem...de ninguém