VIOLETA
Tu lembras da violeta estéril
que você tanto desdenhou
naquele potinho já amarelado
da saudosa margarina fiorella
que tu com teu mar morto de gargalhadas
ironizou?
e não é
que um lindo botãozinho verde-carmesim
eclodiu, valente aflorou
quase afoguei-o
num pranto incontido
segurando firme o potinho disforme
perguntei pro enjeitado:
por quê que ela nunca mais
voltou?