ALICERCE ESCURO
ALICERCE ESCURO
A escuridão, em fogo,
Quando durável,
Esfria a salvação,
Já sem leito.
O presente pesa,
Diante do levantamento vindouro.
Acesa e iluminada,
A fartura acha raízes,
Apenas na morte.
A completude, despida pelo aquecimento posicionado das posturas,
Cobre e se solta da sede,
Que alimenta a mesmice.
A fome saboreia o espanto,
Enquanto as chamas sonoras da alegria,
Estabilizam em demasia,
As aproximações táteis,
Que se tornam sangue,
Assim que deixadas aos beijos.
Feitos ardentes se vão,
Pelo ferro ou pelas cinzas,
Onde os restos,
Possam escrever os alicerces.
Sofia Meireles.