AMBIGUIDADE DE ANAHITA
Ambiguidade da padroeira Anahita
Direciono-me a Anahita, Deusa persa, antiga
Seu aspecto forte de guerreira e intenso olhar
Uma mulher bastante sensual e misteriosa
Seu próximo ato, ninguém consegue decifrar
Adentro o templo, prostro-me diante do teu altar
Tem o poder fertilizador da Lua, da água e da chuva
Pois traz em si “a força imaculada da água”
Sei que por onde passas, faz o ventre fertilizar
Bebo da fonte celeste de todas as águas da terra,
Água que vem das estrelas para me purificar
Rogo para que purifique o sêmen do homem
O ventre e os seios de mulher, venha abençoar
Ofereço o ritual especial do “casamento sagrado”
Deusa da noite e das estrelas, sua constelação
Para ti, linda donzela associada com a Lua
Deusa do Amor, padroeira da reprodução
Também é padroeira das mulheres e crianças
A guerreira que defende seus protegidos
Mãe que nutre e protege os seus filhos
E eles nunca ficam só ou desprotegidos
Meus sacrifícios invocaram a sua proteção
Sua ambiguidade e qualidades maternais
Em cada queda, levanto-me ainda mais forte
E celebro com mesa farta, após os rituais
Não preciso de uma carruagem dourada
Nem de quatro cavalos brancos para puxar
Pois habitam em mim, força e sensibilidade
Marcas que construí com coragem de lutar
Como Anahita, Senhora da vitória nas guerras
Tornei-me, internamente, muralha rochosa
E, para as circunstâncias, fértil como a água
Assim, vou refazendo-me, inabalável e vitoriosa!
@janaina.belle