AMBIGUIDADE DE ANAHITA

Ambiguidade da padroeira Anahita

Direciono-me a Anahita, Deusa persa, antiga

Seu aspecto forte de guerreira e intenso olhar

Uma mulher bastante sensual e misteriosa

Seu próximo ato, ninguém consegue decifrar

Adentro o templo, prostro-me diante do teu altar

Tem o poder fertilizador da Lua, da água e da chuva

Pois traz em si “a força imaculada da água”

Sei que por onde passas, faz o ventre fertilizar

Bebo da fonte celeste de todas as águas da terra,

Água que vem das estrelas para me purificar

Rogo para que purifique o sêmen do homem

O ventre e os seios de mulher, venha abençoar

Ofereço o ritual especial do “casamento sagrado”

Deusa da noite e das estrelas, sua constelação

Para ti, linda donzela associada com a Lua

Deusa do Amor, padroeira da reprodução

Também é padroeira das mulheres e crianças

A guerreira que defende seus protegidos

Mãe que nutre e protege os seus filhos

E eles nunca ficam só ou desprotegidos

Meus sacrifícios invocaram a sua proteção

Sua ambiguidade e qualidades maternais

Em cada queda, levanto-me ainda mais forte

E celebro com mesa farta, após os rituais

Não preciso de uma carruagem dourada

Nem de quatro cavalos brancos para puxar

Pois habitam em mim, força e sensibilidade

Marcas que construí com coragem de lutar

Como Anahita, Senhora da vitória nas guerras

Tornei-me, internamente, muralha rochosa

E, para as circunstâncias, fértil como a água

Assim, vou refazendo-me, inabalável e vitoriosa!

@janaina.belle

Palavras Líquidas
Enviado por Palavras Líquidas em 30/12/2021
Reeditado em 09/10/2023
Código do texto: T7418468
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