Ufana
As tuas formas,
Bem traçadas,
Desenhadas,
Percorridas,
Por lápis em papel.
Linda textura,
Grandes olhos,
E uma boca,
Que de imaginar,
Sinto até gosto de mel.
O teu sorriso,
Monalítico,
Tem segredos,
De uma mente,
Que é mistério,
Como o céu.
Em sonhos,
Bebo toda sua intensidade,
No tribunal és a juíza,
E a réu,
Eu,
Vítima de sua propriedade,
Quero o mistério,
Que se esconde atrás do véu.
A natureza celebra sua passagem,
As tuas marcas,
Me faz perder o sentido,
Eu quero um pouco dessa tua realidade,
Eu te consumo,
Como um leitor,
Deseja o livro.
Me faz sentir toda essa sua liberdade,
E só com a vida estabelece compromisso,
E ser verdade,
É a sua identidade,
Vida é parceira,
Se há amor,
Nunca há riscos.
A ferida da minha alma, sana,
A tristeza que carrego, engana,
E se orgulha por ser tão mundana,
E energia, tua alma, emana.
Tua presença, extremamente humana,
As fantasias, ardem, são profanas,
O mato, um rio, você é uma cabana,
Desculpe o tom,
Desta minha mente insana,
É admiração,
Desejo,
E homenagem,
Ufana.