POEMA AO AMOR

POEMA AO AMOR

Os poemas da moda,

Já antigos,

Chegam ao outro,

E com o outro,

Sem margens:

Por isso, os enigmas irracionais e indecisos,

Mudam de cor,

Para cobrirem a destruição,

Com os sons do outrora,

Que desdobram as falas,

Das bagagens apodrecidas.

Transportada pela maioria,

A recordação das imagens,

Deixa-se na gula,

Ou no juízo,

Quando em golpes,

As facas vis das rotas,

Com uma agonia parada,

Recomeçam surdas,

Diante do tardio deslize.

O jamais dizível,

Cala as correntes do amor.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 29/12/2021
Código do texto: T7417470
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