O poeta partiu para longe
O poeta partiu para longe
Entrou numa bate caverna
Matou dois gafanhotos
Apanhou duas moscas
E montou
Rasgou com dentes de aço
Quatro estrelas
Ardeu sozinho
Virou mula
Mascou vento
Calibrou um fuzil oco
Misturou palavras vagas
Viu poderosos astutos
Bebendo sangue de servos
Tirando ouro das veias
De crianças escravizadas
Abrindo estradas toscas
Asfaltadas com o sangue
De operários trucidados
Mas antes que pudesse
Pegar suas armas
Para afogar em chumbo
Os inimigos
Caiu de cara e quebrou três dentes