A grande pedra
Um homem viu seu reflexo
Como realmente é
E entendeu o que os outros são
Enquanto um meteoro descia sem razão
O mundo estava para acabar
Ondas iriam se levantar
Cabeças continuavam a pensar
E o homem sem nada mais sentou
Observou a possessão tomar conta de quem ignorou o fim
Viu o ignorante loucamente sorrir em uma torre de marfim
Percebeu o vento em seu rosto e lhe ouviu
Se desarmou aos olhos da mulher que sempre amou
Esse homem deixou de decidir
Pois não existia mais escolha em sua vida
Sua raiva, sua possessão pelo que o outro fazia ou não via
Desapareceu no momento que seu espelho se quebrou
Quando o meteoro bateu no planeta
Redondo e brilhante, imponente e distante
Ele deixou o vento lhe tocar por uma última vez
E ao som de tudo, ouviu o silêncio lhe chamar
A campainha da verdade continua tocando
E o peso da discórdia grita incessante
Como pode alguém entregar seus olhos a outro?
Ou pendurar seus ouvidos ao lado da mesma canção?
O homem que quebrou o espelho disse, mesmo sem ser ouvido
Ele brilhou mesmo para quem olhava em outra direção
O meteoro que nos atinge lá fora
Vive nas sombras que se escondem aqui dentro.
Iluminado seja o real.