Estranho (Natalício)

Vazio e cheio, frustrado, mas com um sorriso alheio.

Investindo em treinamento, para que a tormenta me faça melhor marinheiro.

Um capitão que não sabe nadar, mas se orgulha de saber seu fim derradeiro!

Nunca é o fim e nunca é o começo, nunca sei o som, mas reconheço o cheiro.

Devaneio! Em busca de me conformar com minha solitária ação!

Ação de amar; meio que pelas beiradas e não aplacar aquilo que foge da razão.

Seria um pensador, um poeta ou um meticuloso artesão.

Artesão da pintura que anula minha emoção.

Espelho! O que eu vejo, não sei se é o que aparenta.

A pele, os olhos, nem o cabelo, sou velho sou moço, sou aquilo que se apresenta.

Quando lês, quando vês, quando reparas, projetas minha imagem cinzenta.

Não sabes, nem eu sei, mas sei que se não o fizer, em mim a dor aumenta.

Pior seria se o passional não me movesse, então eu seria estranho.

Ainda mais estranho! Mas quem é normal?

Quem não ama como uma criança!?

Aquele que mesmo assim, na frente de todos, dança!

Não teme em mostrar sua confiança! E nunca perde a esperança.

Carlos Hades
Enviado por Carlos Hades em 25/12/2021
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