VERSOS QUE APENAS SÃO
VERSOS QUE APENAS SÃO
Os versos desencantados,
Sangram forjados,
Em letras sem qualquer entendimento.
Feitos surpreendentes,
Correm para os passos dos abraços,
Que se dão á vida,
Para não pedirem a morte.
Quebrada, a sede não consegue sorver,
A revolta avessa da certeza.
Os moldes do pranto,
Com o serviço de acalentar,
Escurecem, para não cobrirem,
A mastigada e dissolvida dor.
A mente, já calma,
No lugar do egoísmo,
Crente e fria,
E com uma tristeza impregnada e única,
Sabe apenas ser.
Sofia Meireles.