CATIVO

#CATIVO

Então, meu destino...

Por fecundo amor à lua...

E o vento vem e tal qual me assombra...

Diante dos deuses profanos...

Sigo em falso desdém...

Sem náuseas e no cio...

A pretexto do frio...

Aflição dos aflitos...

No peito silêncio...

Cessa a alma o grito...

Coisas vãs que o mundo adora...

Começa o instinto...

Não acho o bem que me satisfaça...

Juro pelos céus a fé mais pura...

E a boca, com prazer, em lascívia murmura...

Os olhos requebram...

Então prometo o mais fiel carinho...

Esquento o sangue...

Irriço os pêlos...

E o coração deixa de ser gelo...

A frouxidão no amor é uma ofensa...

Sei disso...

E é esta a diferença...

Eu choro...

Eu me desespero...

Clamo e tremo...

Eu ardo...

Eu gemo...

Quando me entrego...

Tê-me cativo...

Sandrinho Chic Chic

Caminhos de um poeta

Sandro Paschoal
Enviado por Sandro Paschoal em 24/12/2021
Código do texto: T7414454
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