Ansiedade

Um suspiro em falso que acontece

Cenário de cores que esvaece

O chão por completo se derrete

E não consigo em nada pensar

Com tanto ar o peito sufoca

Uma mente ágil se sabota

Te faz pensar em tanta lorota

Mas nada que vai se realizar

Um pesadelo num instante

Aquela velha companhia

Que alimenta a insegurança

E a agonia começa a se instalar...

É um monstro criado doméstico

Algo surreal, quase hipotético

E quase num surto fonético

O coração começa a palpitar

Escondendo quando acham que é besteira

Não percebem nem a tremedeira

Tratam como algo metafísico

E a bomba prestes a estourar

A glote fecha num momento

Cabeça atordoada em pensamento

Um som que nunca resolve sua tensão

E o relógio 'tic-tac' a soar

Não é surto

Muito menos vaidade

Não é nem de longe uma escolha

Ter ansiedade é um fardo que tenho que aprender a lidar...

Minha mente sempre acha tudo bom demais

Desconfia da sombra, do amigo, da amiga, do parente, do amor, dos ancestrais!

E não importa o que aconteça, sempre penso:

Mas será que...

Cristian Arantes
Enviado por Cristian Arantes em 23/12/2021
Código do texto: T7413774
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