ALÉM DAS CORTINAS

Vi além das "cortinas" rotineiras

E pude enxergar o "balançar das palmeiras"

Onde o "vento" não cessa

E o homem não tem pressa

Nem pesadelos.

Do outro lado, não há "novelos",

Todos, recheados de zelos,

Vivendo e deixando viver.

Um paraíso esquecido,

Trocado por um ego aquecido

E adormecido; queimando de dor.

Doce olhar!

Desejando adentrar às "cortinas",

Mas lamentavelmente,

Do lado de cá,

As pernas estão presas.

Então, os olhos fecharam,

A mente dormiu

E parei de sonhar.

Ênio Azevedo