TEMPO DE CURA

TEMPO DE CURA

A cura se recusa,

À censura dos cárceres proféticos,

E ás desgraças, que abrem e sangram,

Com inúmeros cortes, os versos.

Fechadas, as prisões,

Não espalham sombras,

E os mandamentos se posicionam entre as grades,

Para trazerem os mais variados presságios ruins.

A tortura, consolidada pela dor,

Consegue ser eternamente vil,

Ante a procura da esperança,

Acalentada pelo sonho.

Em ruínas, a passagem do medo,

Pelo torpor da poesia,

E pela beleza da liberdade,

Exalta o vindouro tempo de transformação.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 23/12/2021
Código do texto: T7413224
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