TEMPO DE CURA
TEMPO DE CURA
A cura se recusa,
À censura dos cárceres proféticos,
E ás desgraças, que abrem e sangram,
Com inúmeros cortes, os versos.
Fechadas, as prisões,
Não espalham sombras,
E os mandamentos se posicionam entre as grades,
Para trazerem os mais variados presságios ruins.
A tortura, consolidada pela dor,
Consegue ser eternamente vil,
Ante a procura da esperança,
Acalentada pelo sonho.
Em ruínas, a passagem do medo,
Pelo torpor da poesia,
E pela beleza da liberdade,
Exalta o vindouro tempo de transformação.
Sofia Meireles.