SANGUE DIÁRIO

SANGUE DIÁRIO

Os dias que vêm da novidade do outro,

Às vezes, com o fogo,

Alimentam-se de rituais,

Bebidos pela circulação do toque.

A lavagem abraça aberturas,

Para tirar a sede do fundo.

Já em estado de acabamento,

O caminho da morte voa,

Sobre o sorriso das cinzas.

Tardio, o sangue,

Já não tem sentido.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 21/12/2021
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