SANGUE DIÁRIO
SANGUE DIÁRIO
Os dias que vêm da novidade do outro,
Às vezes, com o fogo,
Alimentam-se de rituais,
Bebidos pela circulação do toque.
A lavagem abraça aberturas,
Para tirar a sede do fundo.
Já em estado de acabamento,
O caminho da morte voa,
Sobre o sorriso das cinzas.
Tardio, o sangue,
Já não tem sentido.
Sofia Meireles.