Dois poemas do livros "Palavras Póstumas"
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uma réstia de sonho
candeia na minha alcova
a esperança fraturada
reluz
sobre meu corpo-lúteo
sob o travesseiro
alguns versos idílicos
e na vertigem da madrugada
cá não estou mais
* * *
sentou-se à mesa
um silêncio agudo
na parede branca
a madrugada escorre
eu e todas as que fui
bebemos a dor passiflora da inconstância
cálice e memória
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