UM GRITO! PONTO.

Espere um pouco,

Gritou o ponto!

Se me estabelecer

será o fim da jornada.

A caneta ouviu,

e continuou calada.

Entre riscos e traços,

se abraçaram,

deitaram nos versos,

esculpidas metáforas,

Colocou reticências,

confundiram a cabeça

dos leitores,

geraram dúvidas,

Pintaram e bordaram

na nudez da página.

Deram abraços,

fixaram olhares,

só não beijaram.

Arrumou a casa,

Pôs travessão, abriram sorrisos,

Fez brotar lágrimas.

No final quem manda

neste poema?

A caneta ou o ponto.

Tudo está aberto,

solto, disperso,

Exceto a imaginação

do poeta,

que tenta colocar um

fim nesta empreitada.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 20/12/2021
Reeditado em 28/12/2021
Código do texto: T7411574
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