UM GRITO! PONTO.
Espere um pouco,
Gritou o ponto!
Se me estabelecer
será o fim da jornada.
A caneta ouviu,
e continuou calada.
Entre riscos e traços,
se abraçaram,
deitaram nos versos,
esculpidas metáforas,
Colocou reticências,
confundiram a cabeça
dos leitores,
geraram dúvidas,
Pintaram e bordaram
na nudez da página.
Deram abraços,
fixaram olhares,
só não beijaram.
Arrumou a casa,
Pôs travessão, abriram sorrisos,
Fez brotar lágrimas.
No final quem manda
neste poema?
A caneta ou o ponto.
Tudo está aberto,
solto, disperso,
Exceto a imaginação
do poeta,
que tenta colocar um
fim nesta empreitada.