Tempo da vaidade
Dona do tempo
A vaidade
Vai assenhorada
No limbo dos homens
Na dança sobre apetites
E o abraço que se devia ao lógico
As escolhas que perpassaram em palpites
Consentiram a perda
Não é tempo da razão
É tempo da paixão
Do pseudo livre arbítrio
E a justeza que se esperava
Perdeu boleia na velocidade da plutocracia
Ai ui uis já não são flechas aguçadas
Para tocar o amago de quem se mirava
Na ideia de pedir clemência do juízo
E um pouco de lucidez
Dona do tempo
A vaidade
Castrou os dedos da candura
Rasgou os versos da sensatez
E a felicidade
Já vem com significantes toques de amargura
E a vaidade, reivindicando grita:
É a minha vez
É a minha vez.