Tempo da vaidade

Dona do tempo

A vaidade

Vai assenhorada

No limbo dos homens

Na dança sobre apetites

E o abraço que se devia ao lógico

As escolhas que perpassaram em palpites

Consentiram a perda

Não é tempo da razão

É tempo da paixão

Do pseudo livre arbítrio

E a justeza que se esperava

Perdeu boleia na velocidade da plutocracia

Ai ui uis já não são flechas aguçadas

Para tocar o amago de quem se mirava

Na ideia de pedir clemência do juízo

E um pouco de lucidez

Dona do tempo

A vaidade

Castrou os dedos da candura

Rasgou os versos da sensatez

E a felicidade

Já vem com significantes toques de amargura

E a vaidade, reivindicando grita:

É a minha vez

É a minha vez.

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 20/12/2021
Código do texto: T7411423
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