SOBREVIVER
Nesse palco insano
Chamado de mundo,
Sonhar é um engano
Para o pobre vagabundo.
Perambular sem rumo
Vagueando noite e dia,
Faz da fé o seu aprumo,
A libertação da vida vadia.
Se fossem nossas escolhas
Que definissem o que somos,
A existência de tantas bolhas
Iriam para onde nunca fomos.
O domínio das vidas é sutil,
Quase impossível perceber.
Desde a de um vagabundo vil
A de um rico que detém poder.
Seres humanos objetos,
É sina ou falta de sorte?
Controle por seres abjetos
Um prelúdio para a morte.