Marcação
Onde cravaste os teus medos,
Em minhas entranhas,
Despiste-me aos dedos,
Como seu eu fosse folha de papel,
Esfolheaste-me cada página,
E como se a escrita fosse mel,
Escreveste-me sem temer,
Como seu tacto não pudesse errar,
Elevaste a fasquia dos meus poros,
Na busca de uma razão por prazer,
Hoje tenho-te marcado,
Como se eu corpo te pertencesse,
Todas as minhas emoções suam,
Meus pelos sofrem este arrepios,
E meus maboques querem teus lábios,
Para os aquecer deste frio,
Tenho a alma em desespero,
Invadida pelo teu cheiro,
Sofrem as minhas coxas sedentas,
Não demore com esse fogo,
Incendeia-me com mais chama,
Consome-me lentamente,
E marque de novo o meu território,
Com a tua presença (...)
(M&M)