Eu estive no silêncio
Eu estive no silêncio
De uma roseira sem rosa
Milímetros são quilômetros
Para o advérbio da formiga
Vomitam pelos canos as armas
Ferozes balas saem quentes
Atravessam carnes rentes
Rompendo ossos dilacerando fígados
O universo já basta
Em sua essência florescente
Enquanto aqui nasce gente
No infinito estrelas se amam contentes
Um cachorro passou
Com seu osso na boca
Uma menina com fome se consome
Onde está osso que não me deram?
As promessas eram mortas
Nos depois do jogo
Quando meu time
Tomou uma goleada
Foi que eu pude ver
Que do mato não sai coelho
Caolho o estrume do capeta
Entrou numa porta
Saiu na linha torta
Tanto faz se chova ou não
Esquálido asceta
O mendigo estende a mão