Olhos e Contornos
Proparoxítonas são as minhas lágrimas,
Música dos meus olhos,
Onde estas maquiam a voz da alma,
Outrora expressão de inocência,
Hoje há vigas em meus contornos,
O belo esquecido de um rosto sem sono,
Uma ausência de mim,
Diante de um nós,
Onde era o molde dos sonhos,
E o sorriso de um verde caminho,
Mas, despedaçou-se a certeza,
As memórias despiram as pupilas,
E o semblante revelou-se sombrio,
O traços finos, tornaram-se grossos,
Hoje o mistério tingem sua pigmentação,
O que era inspiração, hoje virou solidão,
Razão de um olhar negro da quimera,
De um minuto escasso que ao tempo exagera (...)
(M&M)