Valeta

Nu,

Munidos de quase nada,

Apenas teclado, papel e caneta,

Partimos para guerra,

Em longa caminhada,

Destino incerto,

E que Deus nos proteja.

Se há algo errado,

Usamos palavras,

Versos, prosas e rimas,

Esperando que algo aconteça,

Inimigo se cala,

Frente a crônica pesada,

Mentira abatida,

A vingança alimenta.

Miramos na mente,

E no coração,

Quando não percebidos,

Chamamos atenção,

Queremos ser lidos,

Gostando ou não,

Maior recompensa,

Sua opinião.

Atacamos o Desamor,

Depressão e desespero,

Às vezes, curamos dor,

E o choro no chuveiro,

Lutamos contra o injusto,

Vezes somos derradeiros,

Buscamos salvar o mundo,

Acabando com o hospedeiro.

Nós brotamos do asfalto,

Morro, barro e palafitas,

Conhecemos o inferno,

Sem medo,

Partimos para cima.

Nos cancelam e nos calam,

Respiro,

É sobrevida,

Comemos pelas beiradas,

Vencemos por teimosia.

Andamos em corda bamba,

Equilíbrio é a caneta,

E seremos esquecidos?

Mas brigamos contra ampulheta,

Queremos ser provocados,

Adoramos uma treta,

Buscamos os olhos do mundo,

Não o fundo de gaveta,

Acima de nós é Deus,

Porém aos pés,

Vive o capeta,

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 16/12/2021
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