Aprendiz de poetisa
Menina, moça, moça criança
Correndo tão ligeiro a pegar borboletas
Parece menino que nunca cansa
Tirando os cabelos das suadas bochechas
Nem se importa de pular tanto assim?
Ora brinca de bola, ora de boneca
Marcas de ferida, mas cheiro de jasmim
Eclética personagem, menina tão esperta
O mundo para ela nem parece louco
O quintal foi tudo que mais precisou
Seu relógio e o tempo, o dia é pouco
Amanhã terá mais de tudo que guardou
Parece dicionário que a tudo responde
Escreve, faz rimas, chora, se realiza
Sofrendo escreve a dor não esconde
Parece que sabia que ia ser poetisa
Rosilene Leonardo da Silva