O RECADO DA FLOR
Mãos grossas agredindo a flor
O rosto doce da rosa
Expelindo lágrimas de dor
Nem tanto pela grosseira mão,
mas pela covardia do horror.
A flor que espera carinho
E um sincero riso de amor,
Recebe um furo de espinho
E chora a tristeza da dor.
E o "jardineiro" que murcha a flor,
Nunca perceberá que o florir do jardim,
Só desabrocha com amor.
Até quando? Ó grosseira mão!
Tu serás "espinho"
E em teu "ninho"
Nunca brotará uma flor?
Mulher, flor da manhã!
Feliz daquele que te faz sã
E se compraz da tua beleza!
Nunca espanque uma flor,
Pelo cotrário,
Beije cada pétala
Num belíssimo "jardim de amor"!
Ênio Azevedo