NUVEM ENCANTADA
Que saudade doída
de uma lembrança,
fantasia pura,
de uma mente fremente.
Uma ânsia de tomar
em meus braços
aqueles braços perfumados,
diáfanas vertentes
de uma imagem forjada.
Que sede de beber
naquela boca que acena,
que sorri um sorriso sem fim,
destilando doce mel,
nácar de pérola amorosa.
Que desejo viril
me dói nas entranhas,
querendo aquele corpo
feito de neblina
que se esfuma
no últmo gozo!
imagem:Olhares
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