COBRANÇA
Não me pergunte aonde eu vou
Eu vou por aí meio sem rumo
Estou um tanto fora do prumo
Não consigo alçar nenhum voo.
Não me pergunte quando volto
Eu não sei mais dar meia-volta
Eu não ando mais com escolta
E eu não sou mais pássaro solto.
Fico em silêncio, não importa
O que o mundo lá fora me diz
A respeito do que eu nunca fiz
Deixe-me passar por esta porta.
Não me pergunte pelo refrão
Que eu assoviei ontem à tarde
Eu sei que fui grande covarde
Não ter cantado a tua canção
Eu sei que não tenho respostas
Para tuas perguntas tão vazias
Quando nossas noites tão frias
Cobram-me por nossas apostas.