SOLIDÃO
Na porta da casa
Fechada por grades
O homem observava
A vida que passava
Seu mundo obscuro
Preso por sobre o muro.
Da fachada da casa
Um olhar insistente
Queria se fazer ver
No espaço a vencer
Seu tempo perpasso
Com o olhar escasso.
Entre muro e fachada
A vida transitava
Fazia mil peripécias
Tecidas sem controvérsias
Queria vencer o entrave
Trancado com uma chave.
Ligando na contramão
O tempo da solidão
Fechou a sua janela
Esqueceu sua sentinela
O olhar para sempre esquecido
No tempo que foi perdido.